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Do C H A a C H A V E para o Sucesso Empresarial e Organizacional

Podemos traduzir o conceito de competência através do anagrama CHA (conhecimentos, habilidades e atitudes).

O conhecimento envolve o saber, as informações e procedimentos para executar determinada atividade; A habilidade é o saber fazer, a prática do conhecimento; E a atitude, o querer fazer, a iniciativa para agir diante das situações.

Com pessoas cada vez mais qualificadas e com mais acesso às informações, ter competência é a condição fundamental para manter-se competitivo no mercado de trabalho e, em geral, os colaboradores norteados pelas diretrizes do CHA apresentam bons resultados e um bom desenvolvimento na execução de suas atividades. No entanto, as constantes mudanças vivenciadas no ambiente organizacional ao longo dos últimos anos ocasionaram uma modificação nesse conceito, tornando-o mais abrangente. O CHA virou CHAVE.

Nesse novo conceito, o V representa os “valores” – é relevante que o profissional contratado para fazer parte da equipe de funcionários, se identifique com os valores e a cultura disseminados pela empresa que fará parte. Não adianta ele ser competente, se não concordar com as regras que norteiam e apoiam o funcionamento da organização. Por isso, muitos colaboradores são contratados pelas suas competências técnicas e demitidos pelas competências comportamentais. O lado comportamental do ser humano é muito mais complexo e difícil de ser modificado do que o aprendizado técnico.

Um profissional não pode ser considerado competente sem uma base sólida de valores. Neste sentido, será competente aquele que produzir visando o bem social, o interesse maior, sem ferir princípios básicos como a ética e o respeito. Produzir com sustentabilidade requer competir com princípios e valores coerentes.

O “E” da CHAVE significa:

  •  Entorno – envolve o ambiente, as ferramentas, equipamentos e recursos necessários para o bom desenvolvimento do trabalho. Por exemplo, quando pensamos num escritório de contabilidade podemos considerar como entorno desde um ambiente iluminado, limpo, com computadores e softwares necessários para realizar os cálculos e gerar os documentos necessários para atender os clientes, até a estratégia de divisão das atividades a ser seguida pela equipe de colaboradores. É um elemento extrínseco, que depende da empresa para criar um cenário agradável, no qual as pessoas se sintam confortáveis, cercados da estrutura necessária para produzir o que se espera delas.
  • Emoção –  a presença da competência emocional cada vez é mais exigida, principalmente daqueles que estão em posição de liderança. Exige repensar atitudes e comportamentos, com vistas à melhoria da qualidade dos relacionamentos e qualificação das equipes
  • Entusiasmo – pesquisadores americanos garantem que o entusiasmo pode fortalecer o sistema imunológico, prevenir doenças do coração e, quem sabe, retardar o processo de envelhecimento. “O entusiasmo pelo trabalho fortalece a psique e o espírito. É a sensação de ficar ansioso para acordar de manhã e saudar o dia. É a base para definir sua razão de viver”.
  • Energia –  Colocar em ação nossa força e paixão em tudo o que empreendemos

Valores, entorno, emoções, entusiasmo e energia trazem uma visão ampliada da competência, que impõe grande responsabilidade não só para as empresas e seus colaboradores, mas também para as instituições de ensino: educar por competências envolve o compromisso de desenvolver novas aptidões.

Essa nova visão do mundo moderno nos leva a refletir sobre um futuro em que a empresa que almeja uma sustentabilidade organizacional deve entender que existem vários outros aspectos que impactam nas relações de trabalho. É preciso repensar no ambiente de trabalho de maneira sistêmica, o que vai além de desenvolver pessoas somente através um conjunto de competências.

Nenhuma organização conseguirá obter sucesso e alcançar suas metas se não alinhar os objetivos dos profissionais que fazem parte da sua equipe com os objetivos organizacionais. A relação entre empregado e empregador tem que ser uma via de mão dupla, interessante para as duas partes

A chave para desenvolver melhores profissionais e melhores pessoas que as empresas e a sociedade tanto necessitam. E assim, abrir as portas para novas oportunidades.

A sua CHAVE de competências está alinhada às novas exigências? Está abrindo caminhos para um futuro melhor? Pense nisso e sucesso!


Quais são os principais padrões de gerenciamento de projetos?

A cada novo projeto de implantação, encontramos clientes que buscam uma forma de melhorar sua gestão por intermédio de boas práticas, metodologias e padrões de gerenciamentos de projetos.

Já falamos aqui no blog sobre como preparar a sua empresa para a implantação de um metodologia de gestão de projetos e listamos os 7 passos para você fazer isso com sucesso.

Nesse processo, muitas dúvidas surgem, tendo em vista a grande variedade de opções de padrões e bibliografias existentes. Pesquisei se existia alguma fonte de informação que comparasse essas práticas e não encontrei.

Para facilitar a vida de nossos clientes e leitores, que buscam implantar um padrão de gerenciamento de projetos, criei um resumo das principais práticas.

Project Management Body of Knowledge (PMBOK)

É um conjunto de conhecimentos gerenciado pela organização Project Management Institute (PMI), e tornou-se um padrão, de fato, em diversas indústrias. De maneira resumida, o PMBOK é visto como a mais importante bibliografia de gestão de projetos da atualidade. Mais conhecido como “PMBOK Guide”, é de autoria do Standards Committee (Comitê de Padronização) do Project Management Institute – PMI e procura contemplar os principais aspectos que podem ser abordados no gerenciamento de um projeto genérico.

Não se trata de uma metodologia de gerenciamento de projetos, e sim, de uma padronização que identifica e nomeia processos, áreas de conhecimento, técnicas, regras e métodos. O guia foi reconhecido, em 1999, como um padrão de gerenciamento de projetos pelo ANSI – American National Standards Institute.

O PMBOK é  um manual que descreve o universo de conhecimentos para o gerenciamento de projetos. Todavia, por sua imensa importância internacional, se transformou num padrão que é fonte de inspiração para quase todas as metodologias existentes.

Áreas de Conhecimento:

Conforme padronização do PMI, os processos citados anteriormente abordam 10 áreas de conhecimento:

1.    Gerenciamento de Integração
2.    Gerenciamento do Escopo
3.    Gerenciamento do Tempo
4.    Gerenciamento de Custos
5.    Gerenciamento da Qualidade
6.    Gerenciamento de Recursos Humanos
7.    Gerenciamento de Comunicações
8.    Gerenciamento de Riscos
9.    Gerenciamento das Aquisições
10.  Stakeholders (Nova área de conhecimento lançada na 5ª edição, com o objetivo de gerenciar melhor os Stakeholders, identificando e endereçando suas necessidades para mantê-los engajados. Você pode conferir em um dos nosso webinars quais foram as principais mudanças do PMBOK 5ª Edição).

ISO 10006: 1997, Quality management – Guidelines to quality in project management;

ISO 10006:2003, Quality management; Guidelines to quality in project management é um padrão internacional, desenvolvido pela ISO, específico para o gerenciamento de projetos. A orientação na qualidade de processos, entre outros objetivos, busca assegurar que:

•    as necessidades dos clientes sejam entendidas e entregues;
•    as necessidades dos stakeholders sejam compreendidas e avaliadas;
•    a política de qualidade seja incorporada à gerência da organização, tendo como norte os objetivos estratégicos e a busca de resultados, e que possa ser aplicada em projetos de complexidade variada.

A norma ISO 10006 aborda o gerenciamento de projetos, mas como a própria diz, não é um guia. Reúne diretrizes que devem ser usadas para manter a qualidade em projetos. Essas diretrizes, no entanto, podem ser adaptadas para um projeto particular. Para a ISO, um projeto deve ser realizado em um determinado espaço de tempo, enquanto o PMBOK enfoca a criação de um produto, serviço ou algo cujo resultado possa ser mensurável. A ISO 10006 aborda o processo que leva a este resultado.

A ISO fornece nove etapas para o processo estratégico:

•    Foco no Cliente
•    Liderança
•    Envolvimento das Pessoas
•    Aproximação dos Processos
•    Sistema de Aproximação com a Gerência 
•    Melhoria Contínua
•    Aproximação Casual para Tomada de Decisão
•    Relacionamento Mutuamente Benéfico com Fornecedor

PRINCE2™: Projects IN a Controlled Environment

O PRINCE2™ é um método não proprietário para gerenciamento de projetos. É adaptável a qualquer tipo ou tamanho de projeto e cobre seu gerenciamento, controle e organização. Um projeto PRINCE2™ tem as seguintes características:

•    Controle e organização do início ao fim; 
•    Revisão de progressos baseado nos planos e no business case;
•    Pontos de decisão flexíveis;
•    Gerenciamento efetivo de qualquer desvio do plano;
•    Envolvimento da gerência e das partes interessadas em momentos-chave durante toda a execução do projeto;
•    Um bom canal de comunicação entre o time do projeto e o res¬tante da organização.

O PRINCE2™ foi lançado como um método para gerenciamento de projetos pelo governo britânico em 1996. Foi criado em 1989 a partir do PROMPTII, o qual, por sua vez, surgiu em 1975 e foi adotado em 1979 como padrão para gerenciamento dos projetos de sistemas de informações governamentais.

Hoje, o PRINCE2™ é adotado como padrão para todos os projetos do governo britânico e amplamente utilizado pela iniciativa privada, não só no país, mas também em outros lugares como Europa, África, Oceania e Estados Unidos. Considerado o método de gerenciamento de projetos mais utilizado no mundo, conta com mais de 250 mil profissionais certificados, sendo que aproximadamente 1.500 pessoas prestam, mensalmente, os exames de certificação Foudation e Practitioner. Existem mais de 120 centros de treinamento credenciados PRINCE2™ pelo mundo, os quais proveem treinamento em 17 idiomas sobre as 59 ferramentas de gerenciamento de projetos desenvolvidas com base no método. No Brasil, a metodologia PRINCE2™ já vem sendo utilizada em algumas organizações, e é crescente a procura por informações a respeito do assunto. Em um webinar feito por nós em parceria com a IIL, você poderá conferir quais relações existem entre os diversos frameworks e as principais características dos modelos para gerenciamento de projetos – Prince2, gerenciamento de programas – MSP e gerenciamento de portfólio – MoP.

IPMA

A International Project Management Association (IPMA®) é uma organização sem fins lucrativos reconhecida por seu trabalho no desenvolvimento internacional da gestão por projetos, programas e portfólios, e na disseminação das melhores práticas aplicadas em organizações públicas e privadas.

A IPMA foi criada em 1965 com o nome de International Network INTERNET, a partir de um grupo de gestores de projetos que tinham como objetivo, nos primórdios da gestão de projetos, discutir os benefícios do Método do Caminho Crítico na gestão de projetos internacionais, com influências e dependências complexas de diferentes disciplinas técnicas.

A associação cresceu e desenvolveu-se como um fórum internacional de troca de experiências entre gestores de projetos. O primeiro congresso mundial foi realizado em Viena, Áustria, em 1967. O 26º em outubro de 2012 na Grécia e, em 2014, o Brasil receberá o 28º Congresso Mundial.

A IPMA é formada por associações nacionais de gestão de projetos. São mais de 50 associações de todo o mundo com o propósito específico de desenvolver a gestão de projetos, respeitando a cultura e as características de cada país, mas unidas através de uma rede que estabelece as diretrizes de gestão e técnicas para seu desenvolvimento e aperfeiçoamento.

Conclusão

Independentemente da sua escolha, estar apoiado em uma metodologia de gerenciamento de projetos será decisivo para o sucesso dos seus projetos, sejam eles projetos pontuais ou até um grande projeto, como um projeto de implantação de um PMO, por exemplo.

Referências externas:

http://brasil.pmi.org/ 
http://www.pmi.org/ 
http://www.prince-officialsite.com/ 
http://www.raro-training.com.br/ 
https://sites.google.com/a/ipmabrasil.org/ipmabr/